domingo, 3 de março de 2013

Poesia ou depressão?



 Na tarde de terça-feira me veio uma imagem na cabeça. Uma simples imagem. Junto com aquela imagem me veio uma música, born unto trouble.
Pensei muito naquela cena, e resolvi escrever sobre ela, pois ela não era nada mais nada menos que um instante.
A cena foi se aprimorando até que chegou até o que ela é agora.
Bem, eu me imaginei em um deserto.  Seco, sem sons, sem cactos, só areia. Eu estava sobre uma pequena montanha de areia, ao lado de uma estrada que descia a montanha e atravessava um longo caminho, até subir novamente outra montanha. Então, a estrada terminava. O que teria além do outro lado da montanha? Nunca saberei.
O vento não soprava nesse deserto, e cada piscar soava como uma revolução, em meio a tanta monotonia.
O longo caminho que a estrada atravessava era como um vale. Nesse vale havia uma vitrola bem velha, de madeira, e a boca dela era de ferro imitando ouro, estava bem enferrujada e descascada.
A agulha que rodava o disco, de tempo em tempo fazia um barulho irritante que ecoava, junto com a música, no vale desértico.
Ao meu lado havia um cacto, o único naquele deserto. Ele não tinha nenhum espinho, pelo jeito estava morto.
Esta cena parece poética, para alguns. E para outros uma porta para a depressão. Para mim, esta cena não é nada mais nada menos do que a morte, triste, mas poético.

Um comentário:

  1. Oi, Thales,
    Vc me contou sobre isso, outro dia. Gostei muito de ver, agora por escrito, o que outro dia fiquei sabendo por você me haver contado. Curti. No mais, espero que você escreva mais muitas, muitas outras pequenas, médias e grandes crônicas... Ah, essa música aí, tema de seu blog, é linda. Abraços.

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