segunda-feira, 12 de agosto de 2013

 Eu fiz uma crônica anti-hippie, sobre agrotóxicos e hambúrgueres etc.
 Não acho que minha crônica tenha sido "baseada na minha opinião arrogante que, por sua vez, é formada pela minha posição social". Agrotóxicos são agrotóxicos, sendo você pobre ou rico, branco ou negro, e por aí vai.
 Agrotóxico, Agro - Tóxico, TÓXICO!!! Mas eu discuti que se não fossem agrotóxicos não teríamos comida, e nós morreríamos de fome, o fazendeiro ficaria pobre (e morreria de fome também) e as grandes empresas por trás de tudo isso, até mesmo as do agrotóxico, ficariam pobres, ou até deixariam de existir. Afinal ninguém usaria agrotóxicos.
 Depois disso eu "linkei" o assunto ECOLOGIA.  TUDO HOJE EM DIA TEM QUE SER ECOLÓGICO.
Isso não é ruim, mas não basta ser colocado um símbolo de reciclagem na embalagem do Toddy, sendo que você não pode recicla-lo porque a embalagem é de plástico e o rótulo de papel. O Toddy não foi feito para reciclar! Mas ele tem um símbolo de reciclagem, ENTÃO ELE É ECOLÓGICO! Mas espera, ele não pode ser reciclado! Ficaríamos aqui por horas...
  Já imaginou uma plantação. daquelas de filme americano, que vão até o horizonte?! Já imaginou elas sem o agrotóxico? Oque o fazendeiro faria? Escolheria a dedo os melhores milhos? Acho que não.Hoje as empresas pensam em custo-benefício, e acredite se quiser, mas reciclagem vai mais pro lado benefício. Oque custa para uma empresa bilionária colocar um símbolo nas embalagens de seus produtos?
Nada!!! Na verdade não custa. Lucra.
Imagine a seguinte cena:
Você esta no mercado, e tem duas opções de macarrão, que são idênticos, ao não ser pelo preço e o enorme símbolo da reciclagem:
Qual você compraria?

Ficou curto, mas era oque eu queria dizer, resumidamente, lógico.
Aguarde mais textos.

Mudanças

Olá,
Agora este blog não é mais um blog de crônicas para um colégio (caso você não saiba, eram crônicas minhas feitas para o colégio).
Mas ele vai continuar sendo um blog de literatura, vários contos (que eu mesmo criarei, lógico) e histórias.
As crônicas vão continuar, mas sem aquela burocracia toda, você sabe. Vão ser crônicas mais "soltas", geralmente eu tinha que escrever crônicas sobre determinado assunto, isso fez com que as crônicas boas fossem só 3, acho.
Eu vou re-publicar a crônica do ecologicamente correto, porque me proibiram de publicar ela.
Espere novos textos.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Manual dos Personagens

Para mim não existe coisa mais difícil no mundo do que criar um personagem.
O seu personagem é SEU personagem, então ele é tudo que ele tem ser. Em um livro de suspense você sempre quer um personagem principal muito extravagante, bom no que faz, profissional, etc... Existe um termo que define oque você quer que seu personagem seja: Foda.
Nem todo mundo gosta deste termo, então vamos chama-lo de "Hiro", que deve significar algo em japonês.
Mas seu personagem não pode ser inteiramente Hiro, ele tem que ter uma falha, que o atrapalha. 007 é mulherengo, Indiana Jones também, mas ele é meio atrapalhado e até o próprio Rei Leônidas era inocente demais.
Seu personagem tem que ter uma marca Hiro. Uma marca muito marcante. Marcante demais.  Se você vê um Z na parede, logo pensa: "Zorro!". Se você vê alguém com os dois braços levantados, logo pensa: "Goku!" ( apesar de as vezes você pensar : "Cheiro ruim!").
Seu personagem tem que ter personalidade. Uma mania, filosofia, fisionomia e alguma outra coisa. A diferença entre o seu personagem e o seu filho, é que o personagem é tudo que você quer. Por isso você sempre tem que pensar em coisas do dia a dia . Qual é o tipo de pão favorito de James Bond? Como Indiana Jones acorda depois de uma festa? Será que Capitão América conversa com o porteiro nas horas vagas? Como é essa conversa
Apesar de nada disso aparecer na história, você imagina algumas coisas: " James Bond parece gostar do pão bisnaguinha, porque no tal filme ele fez sei lá oquê..."
Tudo que está a nossa volta nos influencia, você só pensa nas coisas boas que te influenciam, como um lindo passarinho voando no pôr do sol nas montanhas...
Mas uma coisa como um grafite te influencia muito. Grafites são geniais, um dia desses vi a seguinte frase: "Não se Fazem Mais Saudosismos como antigamente...", genial.
Voltando ao assunto, o seu personagem tem que ter cada passo de sua vida friamente calculado. Um erro já pode causar uma onda de revolta em massa das pessoas que leram seu texto. Isso, ninguém quer. Se isso acontecer, quer dizer que a vida de seu personagem simplesmente BUGOU.
A infância de seu personagem é importante. Se ele foi um menino largado numa cabana no meio de uma floresta com apenas 9 anos, ele é muito Hino, Hino demais. Mas se ele foi um cara que teve uma infância totalmente sem graça... como já disse é SEM GRAÇA.
Com todos os passos da vida de seu personagem friamente calculados, você começa a escrever. Escreva sobre o que você quiser, mas o seu personagem TEM QUE SER PERFEITO.
Quando digo perfeito, não quero dizer que ele seja uma boa pessoa. Mas se ele for um ladrão, ele não pode ser mais ou menos ladrão, ele tem que ser CERTAMENTE ladrão. Mas até que dá para fazer uma história de um cara que perdeu o emprego, não queria contar pra família, então arrumou um emprego como motorista de ônibus e roubava nas horas vagas. Neste caso ele tem que ser CERTAMENTE um mais ou menos ladrão.
Lendo e relendo este texto, vejo que certamente eu seria um professor de português bem chato, mas os personagens dos meus alunos seriam, espero, bem Hino.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Telepatia

Telepatia
Nem sempre conversas precisam ter palavras.
Conversa de elevador é um exemplo.
A conversa de elevador é tipo a que eu tive hoje com o meu vizinho, aquele loiro, grande, usa óculos e parece bem bravo, mas é uma boa pessoa.
É uma conversa silenciosa, mas tem começo, meio e fim. A conversa de hoje foi boa.
No andar Térreo chamei o elevador, que estava na Garagem. O elevador subiu e eu abri a porta, que faz um barulho estranho ao abrir. Vi  o vizinho, nos encaramos por 4 segundos, ou apenas 1. Mas me pareceu uma eternidade.
Nós estávamos olhando um para o outro. Mas cultivar a arte dos olhares, é difícil, eu não sou bom nisso. Sua Íris (eu acho) se direcionava a mim. Mas seu rosto não. Então sua Íris se ajeitava no canto inferior do seu olho, já que eu sou mais baixo. Enquanto eu o observava pelo reflexo fraco do espelho da porta do elevador.
Numa dessas rolou umas conversas legais, do tipo:
- E ai, como vai a família?
ou então...
- Você viu que o José do 3º andar brigou com a mulher dele?
Coisas do tipo...
E tem gente que acha que telepatia é um dom mítico. Eu replico: Não é!
Você precisa daquele elevador velho e  sujo, um vizinho com quem você nunca fala e o dom dos olhares.
Pra você que está super empolgado pra saber o fim dessa conversa, aí vai:
Paramos no 2º andar, descemos, abrimos a porta e entramos nas nossas casas.
Nos despedimos, sem nem dizer "tchau".

domingo, 3 de março de 2013

Poesia ou depressão?



 Na tarde de terça-feira me veio uma imagem na cabeça. Uma simples imagem. Junto com aquela imagem me veio uma música, born unto trouble.
Pensei muito naquela cena, e resolvi escrever sobre ela, pois ela não era nada mais nada menos que um instante.
A cena foi se aprimorando até que chegou até o que ela é agora.
Bem, eu me imaginei em um deserto.  Seco, sem sons, sem cactos, só areia. Eu estava sobre uma pequena montanha de areia, ao lado de uma estrada que descia a montanha e atravessava um longo caminho, até subir novamente outra montanha. Então, a estrada terminava. O que teria além do outro lado da montanha? Nunca saberei.
O vento não soprava nesse deserto, e cada piscar soava como uma revolução, em meio a tanta monotonia.
O longo caminho que a estrada atravessava era como um vale. Nesse vale havia uma vitrola bem velha, de madeira, e a boca dela era de ferro imitando ouro, estava bem enferrujada e descascada.
A agulha que rodava o disco, de tempo em tempo fazia um barulho irritante que ecoava, junto com a música, no vale desértico.
Ao meu lado havia um cacto, o único naquele deserto. Ele não tinha nenhum espinho, pelo jeito estava morto.
Esta cena parece poética, para alguns. E para outros uma porta para a depressão. Para mim, esta cena não é nada mais nada menos do que a morte, triste, mas poético.